O nosso tempo é tempo de dificuldades e de esperanças. A vida não tem sido fácil para muitos. As famílias têm sido afetadas sobretudo pelo desemprego. Quantos, por isso, se sentem infelizes. Leio o Papa Francisco que “é muito importante que os governos dos diferentes países fomentem uma cultura do trabalho e não da dádiva”. Naturalmente, que recorrer à dádiva para sair da emergência é natural. Todavia, “o trabalho outorga dignidade”, continua a dizer-nos o Papa.
O nosso tempo é tempo de dificuldades e de esperanças. A vida não tem sido fácil para muitos. As famílias têm sido afetadas sobretudo pelo desemprego. Quantos, por isso, se sentem infelizes. Leio o Papa Francisco que “é muito importante que os governos dos diferentes países fomentem uma cultura do trabalho e não da dádiva”. Naturalmente, que recorrer à dádiva para sair da emergência é natural. Todavia, “o trabalho outorga dignidade”, continua a dizer-nos o Papa.
Quando saímos à rua ou quando alguém nos procura são muitos os lamentos. É um rosário de tristezas e de desesperos, como se estivéssemos a ver um \”triste cortejo de gente para um destino inexorável com uma série de impossíveis\”, aqui e ali salpicado de ilusões desprovidas de esperança. Reconhecemos que a sombra da desconfiança e promessas e mais promessas fazem parte de um longo \”cortejo fúnebre onde todos consolam os parentes, mas ninguém levanta o morto\”. Mais um pensamento retirado do Papa Francisco.
Todavia, este, também, é um tempo de Esperança. Uma esperança materializada e ensaiada em pequenos gestos de dádiva carregados de imensa ternura e paixão pelo outro. Uma esperança feita encontro com o outro que se abre ao grito ou ao silêncio de alguém que balbucia dignidade. Uma esperança praticada por gente que ousa não sair da periferia para aí ser ousadia na construção de um mundo mais justo e fraterno. Uma esperança radicada em Cristo Ressuscitado que a todos e a cada um abre à dimensão do outro, entre estes \”os mais pequeninos\”, como diz Jesus. O mesmo Jesus que se cingiu de uma toalha e se ajoelhou diante da humanidade para ternamente a limpar e a libertar da sua sujidade no reencontro ou encontro da sua dignidade de pessoa.
Junho/Julho 2013
Pe. José Lopes Baptista