Abraços para cada um dos que nas atividades deste novo ano pastoral fazem, livre, ousada e diariamente, da (…) igreja do Porto uma Mãe acolhedora, a casa do Pai, de braços sempre abertos, como nos salienta em oração o plano diocesano de pastoral, apresentado no Porto, por Dom Manuel Linda.
Participaremos em encontros como fermento (Povo de Deus) que leveda a massa (multidões).
Abrigamo-nos numa igreja ou movimento que cuida das próprias raízes da fé e da vida dos de dentro, com o crescimento da fé, com a formação e com o amadurecimento. Isto mesmo foi solicitado, desde logo, no pórtico ao presente plano pastoral.
Abraçamos o baptismo, a igreja e o cálice de Cristo, em missão de diálogo, em fidelidade ao evangelho e à tradição eclesial e em saída missionária aos de fora, como patenteado nos ramos estendidos de uma vide que recebe a seiva trinitária de muitas raízes, uma das quais o primeiro cursilho peninsular, ainda que não numerado, em 1944.
Abeirarmo-nos de uma missão em diálogo, com os outros e com Deus Pai, é o oferecimento do nº 126 da exortação papal Christus vivit. No modo de abraçar, também, o ano missionário, (…) num mundo marcado pela diversidade dos povos e pela variedade das culturas, “caminhar juntos” é fundamental para dar credibilidade e eficácia às iniciativas de solidariedade, de integração, de promoção da justiça, e para mostrar em que consiste uma cultura do encontro e da gratuidade. (…)
Isto requer a parresia cristã no falar (intrepidez bondosa, cidadania livre, ousadia ativa, franqueza do Espírito da ressurreição, vida alegre, evangelizar com coragem,…) e da humildade no escutar.
Em cada missa, encontro ou missão usamos dizer com toda a liberdade e verdade que somos ramos/braços prestáveis à ação frutuosa pedida nas orações do Pai e Pão nossos. Na exortação Cristo vive no nº 127, sobre o tema de um estilo para a missão e da comunhão missionária, afirma-se a necessária prática do diálogo e a procura de soluções partilhadas como prioridade numa altura em que as eleições e os sistemas democráticos são desafiados por baixos índices de participação. A fidelidade ao Evangelho orientará este diálogo na procura do modo de dar resposta ao duplo grito dos pobres e da terra[1].
A pobreza maior a combater será a falta de confiança em Deus como nenhum Pai o será, de maturidade espiritual e de consciência filial. Todos filhos de Deus é um dos temas a viver.
Pe José Barros