Num dos artigos que li num dos nossos jornais de Ultreia, um de nós escrevia que cresceu pela imitação e a aprender com pessoas humildes… Mostrou uma resposta humana à vocação trinitária de forma desenvolvida. Afirmar “Eu sou um aprendiz de cristão” é diferente em quê de “eu quero aprender”?
Quando afirmamos “eu sou uma missão na minha terra”, “eu sou vocacionado ou chamado”, “eu sou pecador e santo”, “eu sou feliz”, “eu sou cursilhista”, “Cristo conta comigo”, apesar do meu limite, do pecado, da indiferença… são realidade ou identidade essencial e não um desejo. Concretizar o desejo pode adiar-se. O mesmo não acontece com o essencial, com o aqui e agora. Nós somos movimento cristão nesta igreja em sinodalidade e missão que se aprende no encontro com divino mestre, cada dia e sempre, a chamar outros para a civilização amável.
Ser vocação ou fermento é diferente de algo ligado à etnografia. É evangelho a redescobrir em vocação, em crescimento e em aprendizagem contínua para “ (…) criar grupos evangelizadores em que se compartilha a vivência do fundamental cristão e a partir dele se realiza a fermentação dos ambientes” (Cf. IF nº 278 e 279)
No último Sínodo, D. António Augusto Azevedo, bispo auxiliar do Porto e Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios pronunciou a importância do “reforçar a perspetiva vocacional nos vários ambientes formativos: a catequese, as escolas e universidades, os grupos e movimentos”. Lembrou também “a vocação matrimonial, a vocação artística, a vocação para o compromisso social ou político e tantas outras”.
Pe José Barros